Ginástica cerebral: o que é?
Você com certeza já deve ter ouvido falar sobre a importância da prática de exercícios físicos, não é mesmo? Todos nós sabemos que as atividades físicas são essenciais para prevenção de doenças, assim como ajuda na longevidade das pessoas. Contudo, o que muitos ainda não sabem é que o cérebro também precisa se exercitar. Sim, é isso mesmo!
Com o intuito de evitar perdas cognitivas, a ginástica cerebral age como uma “malhação” para o cérebro e pode ser feita desde criança para estimular o cérebro desde pequeno.
Vitor Tumas, professor do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo) explica que “Na prática, os exercícios chamados de ‘ginástica cerebral’ reduzem o risco de desenvolver doenças neurológicas, como as demências, o que aumenta a qualidade de vida na velhice”.
Além disso, alguns fatores são responsáveis por aumentar as chances de desenvolver demência na velhice, por exemplo:
- Sedentarismo;
- Poluição do ar;
- Diabetes;
- Depressão;
- Consumo excessivo de álcool;
- Baixo contato social;
- Obesidade;
- Deficiência auditiva;
- Tabagismo;
- Menor nível educacional;
- Hipertensão;
- Lesão cerebral traumática.
Confira o artigo feito por uma comissão de cientistas da revista científica Lancet, no documento é possível entender sobre os 12 fatores responsáveis por aumentarem os riscos de demência. Veja abaixo tudo sobre ginástica cerebral, boa leitura (afinal, a leitura também é uma ginástica cerebral, você sabia?).
Ginástica cerebral: quando devo começar os exercícios?
Durante a infância e juventude é quando há uma grande capacidade de gerar conexões duradouras no cérebro, então, quanto mais estímulos uma pessoa tiver durante essas fases, melhor será e maiores serão as chances de terem uma boa memória cognitiva no futuro. Entretanto, nunca é tarde para tomar a atitude certa e isso não significa que adultos não possam melhorar suas reservas cognitivas também.
É válido ressaltar que quando maduro, o aprendizado do cérebro pode ser mais lento, contudo, isso não significa que não irá aprender, além de ser super importante praticar e manter as conexões neurais sempre ativas.
O cérebro é como se fosse um pen-drive gigante, que armazena diversas informações e aprendizados ao longo da vida e os principais responsáveis por captar e processar essas informações, são os neurônios. Então, quando há estímulo, como uma habilidade nova, por exemplo, há uma comunicação entre os neurônios – também conhecida como sinapses – e isso forma uma rede neural.
Com o passar do tempo, o cérebro, assim como essas conexões, vão envelhecendo e se tornando cada vez mais escassas, é aí que entra a ginástica cerebral, pois ela estimula novas conexões neurais através de atividades novas e desafiadoras para o cérebro e isso amplia, assim como reforça, novos caminhos e fortalece aquelas conexões mais antigas que já haviam sido enfraquecidas.
Atividades que estimulam a ginástica cerebral
Algumas atividades ajudam a estimulação do cérebro ao longo da vida, são essas:
- Contar de 1 a 100 de trás para frente;
- Escrever com a mão não dominante;
- Ler (livros, revistas, gibis, etc);
- Danças;
- Quebra-cabeças;
- Andar de costas pela casa (parece loucura, né? Mas isso também estimula o cérebro);
- Aprender um novo idioma;
- Fazer alguma refeição com os olhos fechados;
- Praticar atividades manuais, como costura, crochê, etc.
Segundo Carla Silva, neuropsicopedagoga e autora do livro “Ginástica Cerebral – 100 cartas com exercícios mentais”, o mais recomendado é que as atividades escolhidas sejam aquelas que não costumam ser feitas de maneira habitual “Os exercícios devem ter um grau médio de dificuldade, para não gerarem frustração, e precisam ter uma carga de desafio para estimular o cérebro de forma efetiva”, complementa a profissional.
Conclusão
A ginástica cerebral nada mais é do que o estímulo do cérebro para fazer novas conexões neurais e isso é super importante em qualquer fase da vida, contudo, quanto antes exercitamos o nosso cérebro, melhor é. O ideal é que os estímulos comecem ainda na infância, entretanto, não há idade limite e qualquer pessoa pode começar a fazer ginástica cerebral hoje mesmo.
Alguns estímulos que ajudam na prevenção de demência são: leitura, artesanato e/ou atividades que não esteja habituado a fazer, pois algumas atitudes simples podem ajudar na prevenção do surgimento da demência na velhice.
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