Dieta HCG é prejudicial? Saiba tudo
Criada por Albert Simeons, um médico inglês, a dieta HCG já existe há mais de 60 anos e tem se popularizado cada vez mais entre as pessoas. Afinal de contas, quem não quer perder uns quilinhos, não é verdade?
Porém, este método divide muitas opiniões, de um lado os especialistas que abraçam a ideia, com depoimentos que motivam outras pessoas, enquanto do outro estão os profissionais completamente contra a proposta da dieta HCG.
Essa prática ficou conhecida por trazer grandes resultados em pouco tempo, vista por muitos como a “salvadora da pátria”, já que emagrecer não é uma tarefa fácil. O problema está na obsessão em ter o corpo perfeito a qualquer custo, sem medir os riscos que podem trazer à saúde.
Já faz tempo que o controle de peso perdeu o seu propósito principal: manter o corpo saudável. A grande maioria deseja reduzir as medidas por estética e nem quer saber como está a saúde, pois, o que importante é estar magra(o) e com a barriga chapada.
Confira a seguir tudo sobre esse cronograma e boa leitura.
O que eu preciso saber antes de começar?
A dieta HCG é a união da alta restrição alimentar com a aplicação diária do hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG), presente na placenta, que abriga o bebê no período gestacional.
Segundo o seu criador, o hormônio tem a função de estimular a queima de gordura, proteger a perda de massa magra e inibir a fome. Porém, esse protocolo não tem comprovação científica, e quando testado por outros profissionais, foi constatado que apenas com a diminuição calórica alimentar, é possível emagrecer.
Além da mudança brusca na alimentação e aplicação de hormônios, essa dieta pode apresentar diversos efeitos negativos à saúde. Com isso, também não foi aprovada pelo órgão que controla o uso de medicamentos nos EUA (FDA) e nem pela ANVISA.
Com estes contras, deveria ser muito difícil uma pessoa se submeter aos riscos, mas ao contrário do que se pensa, a cada dia só aumenta o número de praticantes.
Como funciona a dieta HCG?
O plano de dieta precisa ter acompanhamento profissional e conta com 4 etapas que devem ser seguidas fielmente para atingir os objetivos desejados. O paciente pode escolher, junto ao profissional que está auxiliando, o formato que irá usar o hormônio, podendo ser comprimido ou injetável.
Etapa 1:
Considerada a melhor parte, pois nas primeiras 48 horas você recebe o hormônio 1 vez ao dia e não precisa mexer na alimentação. Na verdade, recomenda-se que as refeições sejam gordurosas, a fim que o corpo inicie a eliminação de gordura, pois já tem o suficiente guardada.
Etapa 2:
É agora que o bicho pega! O hormônio continua presente na rotina, mas o que muda são as refeições. Agora que começa a restrição alimentar de verdade, então ontem você estava se deliciando com uma pizza e a partir deste momento, só poderá ingerir 500 calorias diariamente.
Tudo deverá ser minuciosamente calculado, quantidades pequenas e zero carboidratos. São permitidos ovos, carnes, frutas, vegetais, chás e pelo menos 2 litros de água, mas não se esqueça, que não pode ultrapassar a limitação de calorias.
O corpo tende a desinchar e perder os quilos indesejados, possibilitando ficar de bem com a balança. Esse protocolo deve ser mantido por no máximo 40 dias, ou pode parar antes, se chegar ao seu objetivo.
Etapa 3:
Nessa altura você já está há 40 dias com uma severa restrição alimentar ou parou antes por chegar no resultado desejado. Só não pode fazer por mais tempo que o indicado.
Depois da segunda etapa as coisas ficam mais fáceis, é hora de equilibrar o organismo e prepará-lo para manter o peso atual. São mais dois dias com dieta de 500 calorias e, desta vez, o uso do hormônio deve ser interrompido.
Etapa 4:
Finalmente está chegando ao fim, mas a parte mais difícil vem agora: manter o peso. A alimentação deve ser equilibrada, aumentando as porções e comendo mais tipos de alimentos, mas atenção, fique sempre de olho na balança.
Evite consumir doces, frituras, massas e dê prioridade para carnes magras, frutas e vegetais. Carboidratos devem ser ingeridos aos poucos e em pequenas quantidades.
Dieta HCG e os riscos à saúde
Como mencionado anteriormente, além de não ter aprovação pelos principais órgãos regulamentadores, a dieta HCG pode acarretar muitos danos para a saúde:
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Dores de Cabeça;
- Irritação;
- Ânsia de vômito;
- Prisão de ventre;
- Queda de cabelo;
- Baixa imunidade;
- Alteração no ciclo menstrual;
- Mau hálito;
- Ansiedade;
- Trombose;
- Dificuldade de engravidar;
- Pedra na vesícula;
- Embolia pulmonar;
- Miocardiopatia;
- Depreciação da saúde mental;
- Gastos financeiros extras por conta dos efeitos colaterais;
- Efeito rebote;
- Piora no quadro de pessoas que sofrem de depressão.
Conclusão
Embora exista uma fascinação pelo corpo perfeito, algumas manobras para chegar a este objetivo podem custar caro para a saúde. A dieta HCG é um exemplo vivo, pois não tem fundamento científico de sua eficácia e pode desencadear inúmeros prejuízos ao corpo, à mente e principalmente ao seu bem-estar.
Vale muito mais a pena iniciar um processo de reeducação alimentar e mudança de hábitos, que irão te trazer muitos benefícios e segurança para emagrecer, já que a perda de peso imediata pode encher os olhos, mas é muito agressiva e não compensa. Leia nossos artigos sobre alimentação saudável e aprenda a perder peso com saúde.
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