Febre maculosa: saiba como se prevenir

A febre maculosa é uma doença infecciosa que pode afetar seres humanos e animais e é causada por uma bactéria que pode estar instalada onde menos esperamos. Ficou curioso (a)? Fique neste artigo e descubra tudo sobre essa condição, desde como contrair a doença, até os primeiros sintomas e tratamento indicado. Boa leitura!

O que é a febre maculosa?

A febre maculosa, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. Essa bactéria é transmitida aos seres humanos através da picada de carrapatos infectados, como por exemplo o carrapato-estrela (Amblyomma americanum). Após a picada do carrapato infectado, a bactéria Rickettsia rickettsii se multiplica e se espalha pelo organismo. 

Vale dizer que os carrapatos que carregam a bactéria são comumente encontrados em áreas rurais e florestais, onde há maior contato com a natureza. Além disso, a febre maculosa pode se manifestar com sintomas semelhantes aos de outras doenças, o que pode dificultar o diagnóstico precoce e aumentar o risco de complicações graves.

Sem mencionar que essa condição pode afetar vários sistemas do corpo, incluindo o sistema vascular, o sistema nervoso central e outros órgãos.

Quais os sintomas da febre maculosa?

A febre maculosa pode apresentar uma série de sintomas, que podem variar em intensidade de uma pessoa para outra. Mas os sintomas geralmente aparecem de 2 a 14 dias após a picada do carrapato infectado. Veja abaixo os principais sintomas relacionados à infecção com a febre maculosa:

• Febre alta: a temperatura corporal pode aumentar rapidamente e atingir níveis acima de 39°C, o que pode ser bastante perigoso;
  
  
• Dor de cabeça intensa: a dor de cabeça é um sintoma comum e pode ser grave, além de ser persistente e acompanhada de sensibilidade à luz (fotofobia) e também ruídos (fonofobia);
  
  
• Dores musculares e nas articulações: pode haver dores musculares generalizadas, semelhantes às dores gripais, afetando principalmente as costas, as pernas e as articulações;
  
  
• Mal-estar geral: sensação de fadiga, fraqueza, cansaço e falta de energia são sintomas bastante comuns;
  
  
• Náuseas e vômitos: alguns pacientes podem experimentar náuseas e episódios de vômito;
  
  
• Erupção cutânea: a erupção cutânea é um dos principais sintomas da febre maculosa. Geralmente, começa com manchas vermelhas ou rosadas, que podem se assemelhar a pequenas picadas de inseto. Essa erupção pode se espalhar pelo corpo, incluindo palmas das mãos e solas dos pés e com o tempo, as manchas podem se tornar máculas (manchas planas) ou petéquias (pontos vermelhos menores causados por sangramento capilar).
  

Além disso, é importante ressaltar que nem todos os pacientes com febre maculosa desenvolvem todos esses sintomas e quando em estágios avançados da doença, podem ocorrer complicações graves, como insuficiência renal, insuficiência respiratória, encefalite e distúrbios hemorrágicos.

Como a febre maculosa é diagnosticada?

 O diagnóstico da febre maculosa geralmente é baseado em uma combinação de sinais e sintomas clínicos, além do histórico de exposição a carrapatos infectados e resultados de exames laboratoriais. 

Mas, devido à similaridade dos sintomas com outras doenças febris, é essencial considerar a possibilidade da febre maculosa em casos suspeitos, especialmente em áreas endêmicas.

Aqui estão os principais métodos de diagnóstico utilizados para a febre maculosa:

1. Avaliação clínica: o médico irá realizar uma avaliação detalhada dos sintomas apresentados, além da presença de uma erupção cutânea característica;
   
   
2. Exames laboratoriais – os exames laboratoriais podem ser:

• Testes sorológicos: são realizados exames de sangue para detectar a presença de anticorpos específicos produzidos pelo organismo em resposta à infecção pela Rickettsia rickettsii. A detecção de anticorpos IgM pode indicar infecção recente, enquanto a presença de anticorpos IgG pode indicar exposição prévia ou infecção passada;
  
  
• Isolamento do agente etiológico: em casos mais graves ou quando disponível, pode ser tentado o isolamento da bactéria a partir de amostras de sangue ou tecidos obtidos por biópsia. 

A confirmação laboratorial da febre maculosa é importante para orientar o tratamento adequado e a adoção de medidas de saúde pública para prevenir a disseminação da doença.

Qual o melhor tratamento para a febre maculosa?

O tratamento da febre maculosa é baseado no uso de antibióticos, sendo a doxiciclina o medicamento comum de escolha. 

A doxiciclina age inibindo a síntese de proteínas nas bactérias, o que impede o crescimento e a multiplicação delas, levando à sua morte. A vantagem desse medicamento é que ele apresenta boa penetração nos tecidos, inclusive no sistema nervoso central, onde a bactéria pode causar complicações graves.

Geralmente, a medicação é administrada por via oral, na forma de comprimidos, e a duração do tratamento varia de acordo com a gravidade da doença. Em casos leves a moderados, a terapia com antibióticos pode durar de 5 a 7 dias. Já em casos mais graves ou com complicações, o tratamento pode ser estendido por até 14 dias.

É importante salientar que a doxiciclina não deve ser administrada a crianças com menos de 8 anos, mulheres grávidas ou lactantes, devido aos possíveis efeitos colaterais. Nestes casos, outros antibióticos, como a cloranfenicol ou a tetraciclina, podem ser utilizados sob orientação médica.

Além do tratamento com antibióticos, outros cuidados de suporte podem ser necessários, como hidratação adequada, controle da febre e alívio dos sintomas, como a dor de cabeça. E em casos graves, em que ocorrem complicações, a hospitalização pode ser necessária para monitoramento e tratamento intensivo.

No entanto, é válido ressaltar que a automedicação nunca é indicada e caso haja suspeita de infecção por febre maculosa, é imprescindível ir a um especialista para um diagnóstico preciso. Lembre-se: a febre maculosa mata, então, todo cuidado é pouco! 

É possível evitar a febre maculosa?

A boa notícia é que sim! Prevenir a picada de carrapatos é fundamental para evitar a febre. Além disso, algumas medidas preventivas incluem usar roupas de proteção, aplicar repelente de insetos, evitar áreas infestadas por carrapatos e fazer a verificação cuidadosa do corpo após atividades ao ar livre.

É essencial seguir as orientações médicas e adotar medidas preventivas para evitar a febre maculosa e se você suspeitar de infecção ou tiver sido exposto a carrapatos em áreas endêmicas, procure atendimento médico imediatamente.

Conclusão 

A febre maculosa é uma doença transmitida através de carrapatos infectados e pode incluir sintomas, como: febre, dores de cabeça, mal-estar, náuseas e vômitos, entre outros. A condição pode ser bastante perigosa, por isso, caso haja suspeita da doença ou caso tenha tido contato com alguma área endêmica (infectada), procure um médico imediatamente. Lembre-se que quanto antes o diagnóstico for feito, maiores são as chances de recuperação.

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