Alergia ao glúten: descubra, trate e cuide
A alergia ao glúten é uma condição que pode afetar significativamente a qualidade de vida de muitas pessoas. Ao contrário da intolerância ao glúten não celíaca, que causa desconfortos digestivos, a alergia ao glúten envolve uma reação imunológica do corpo, podendo levar a sintomas mais graves, inclusive potencialmente fatais.
Neste artigo, abordaremos tudo o que você precisa saber sobre alergia ao glúten, desde o que é e como descobrir se possui essa condição até o tratamento e cuidados necessários para gerenciar a alergia de forma eficaz.
O que é alergia ao glúten?
A alergia ao glúten é uma resposta exagerada do sistema imunológico a determinadas proteínas presentes no glúten, como a gliadina. Essa reação alérgica pode desencadear uma série de sintomas desconfortáveis e, em casos mais graves, até mesmo a anafilaxia, uma reação alérgica aguda e potencialmente fatal.
É importante ressaltar que a alergia ao glúten é diferente da doença celíaca e da intolerância ao glúten não celíaca. Na doença celíaca, também ocorre uma reação ao glúten, mas é uma resposta autoimune que danifica o intestino delgado e causa uma série de sintomas digestivos. Já a intolerância ao glúten não celíaca é uma dificuldade de digestão do glúten, causando sintomas como diarreia, dor abdominal e inchaço.
Como descobrir se possui alergia ao glúten?
Se você suspeita que pode ter alergia ao glúten, é essencial buscar ajuda médica para um diagnóstico adequado. O diagnóstico da alergia ao glúten é geralmente feito através de uma combinação de histórico clínico, exames físicos e testes específicos. Alguns dos métodos utilizados para diagnosticar a alergia ao glúten incluem:
1. Testes cutâneos: o médico pode realizar testes cutâneos para verificar a resposta do seu corpo ao glúten. Nesses testes, pequenas quantidades de extrato de glúten são aplicadas na pele, e a reação é observada para determinar se há sensibilidade ao glúten.
2. Exame de sangue: o exame de sangue pode ser solicitado para medir a quantidade de imunoglobulina E (IgE) no sangue. Níveis elevados de IgE podem indicar uma reação alérgica ao glúten.
3. Testes de provocação: em alguns casos, o médico pode recomendar um teste de provocação controlada, no qual o paciente é exposto a pequenas quantidades de glúten em ambiente controlado para observar a resposta do organismo.
É importante lembrar que, antes de realizar qualquer teste, você deve sempre consultar um profissional de saúde qualificado para obter um diagnóstico adequado.
Como tratar a alergia ao glúten?
O tratamento mais eficaz para a alergia ao glúten é a exclusão completa do glúten da dieta. Isso implica em evitar o consumo de alimentos que possuam trigo, cevada, centeio e suas respectivas derivações. Além disso, é importante estar atento aos rótulos dos produtos, pois o glúten pode estar presente em alimentos processados, condimentos, sorvetes e outros produtos inesperados.
A dieta sem glúten deve ser seguida de forma rigorosa, uma vez que até pequenas quantidades de glúten podem desencadear uma reação alérgica. Para garantir uma dieta segura e equilibrada, é recomendável buscar orientação de um nutricionista especializado em alergia alimentar. Aproveite e confira também receitas de pratos salgados fitness e deliciosos que irão lhe ajudar nessa dieta.
Cuidados necessários para quem tem alergia ao glúten
Além de seguir uma dieta sem glúten, existem alguns cuidados extras que as pessoas com alergia ao glúten devem ter para evitar exposição acidental ao alérgeno:
1. Informe-se sobre os alimentos: sempre leia atentamente os rótulos dos alimentos antes de comprá-los ou consumi-los. Procure por ingredientes que contenham glúten ou que possam estar contaminados com glúten.
2. Comunique-se em restaurantes: ao comer fora de casa, informe ao garçom sobre a alergia ao glúten e pergunte sobre opções de pratos seguros no cardápio.
3. Evite compartilhar utensílios de cozinha: para evitar a contaminação cruzada, é importante não compartilhar utensílios de cozinha, como talheres e tábuas de corte, com alimentos que contenham glúten.
4. Esteja preparado para emergências: caso tenha uma reação alérgica, certifique-se de que tem sempre consigo uma medicação de emergência prescrita pelo médico, como epinefrina auto injetável.
Como saber a diferença entre doença celíaca, alergia ao glúten e intolerância ao glúten?
Embora a doença celíaca, a alergia ao glúten e a intolerância ao glúten compartilhem a sensibilidade ao mesmo componente – o glúten – essas condições são distintas em termos de suas causas, mecanismos imunológicos e manifestações clínicas.
Entender as diferenças entre elas é fundamental para um diagnóstico correto e para o tratamento adequado de cada condição. A seguir, abordaremos detalhadamente as características de cada uma delas:
1. Doença celíaca:
A doença celíaca é uma condição autoimune que ocorre em pessoas geneticamente suscetíveis e é desencadeada pela ingestão de glúten. Quando uma pessoa com doença celíaca consome glúten, seu sistema imunológico responde de forma anormal, atacando o revestimento do intestino delgado. Isso leva a uma inflamação crônica e à destruição das vilosidades intestinais, que são responsáveis pela absorção de nutrientes.
Causas: a causa exata da doença celíaca ainda não é totalmente compreendida, mas sabe-se que há uma predisposição genética envolvida. Pessoas com certos genes HLA, como HLA-DQ2 e HLA-DQ8, têm maior suscetibilidade à doença.
Sintomas: os sintomas da doença celíaca podem variar amplamente e afetar diferentes sistemas do corpo. Alguns dos sintomas mais comuns incluem diarreia crônica, perda de peso, fadiga, anemia, irritabilidade, dor abdominal e problemas de crescimento em crianças.
Diagnóstico: o diagnóstico da doença celíaca envolve a realização de exames de sangue para detectar a presença de anticorpos específicos associados à doença, como os anticorpos anti-transglutaminase e antiendomísio. Além disso, uma biópsia intestinal é geralmente realizada para confirmar a presença de danos no revestimento do intestino delgado.
Tratamento: o tratamento da doença celíaca consiste na adoção de uma dieta rigorosamente sem glúten. Ao eliminar o glúten da dieta, a inflamação no intestino é reduzida e as vilosidades intestinais têm a chance de se recuperar, permitindo uma melhor absorção de nutrientes. Uma ótima ideia de receita livre de glúten para incluir na dieta são os Dadinhos de tapioca fitness.
2. Alergia ao glúten:
A alergia ao glúten é uma reação imunológica exagerada a proteínas específicas presentes no glúten, como a gliadina. Nesse caso, o sistema imunológico do corpo identifica erroneamente o glúten como uma substância nociva e desencadeia uma resposta alérgica.
Causas: as causas da alergia ao glúten não são totalmente compreendidas, mas parecem envolver uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais.
Sintomas: os sintomas da alergia ao glúten podem variar desde leves a graves e podem incluir coceira na pele, inchaço na garganta, dificuldade para respirar, rinite, asma, dor de cabeça e até mesmo anafilaxia em casos graves.
Diagnóstico: o diagnóstico da alergia ao glúten é realizado através de testes cutâneos, exames de sangue para detecção de anticorpos IgE específicos e testes de provocação controlada sob supervisão médica.
Tratamento: o tratamento da alergia ao glúten envolve a eliminação completa do glúten da dieta. Além disso, em alguns casos, é possível realizar a dessensibilização, sob orientação médica, para reduzir a reatividade do sistema imunológico às proteínas do glúten.
3. Intolerância ao glúten:
A intolerância ao glúten não celíaca, também conhecida como sensibilidade ao glúten não celíaca, é uma condição em que ocorre uma reação adversa ao glúten, mas não há uma resposta autoimune como na doença celíaca, nem uma reação alérgica mediada por IgE como na alergia ao glúten.
Causas: as causas exatas da intolerância ao glúten ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que possa estar relacionada à permeabilidade intestinal alterada e à exposição frequente ao glúten.
Sintomas: os sintomas da intolerância ao glúten são semelhantes aos da doença celíaca, mas geralmente são menos graves. Podem incluir dor abdominal, diarreia, inchaço, fadiga, dores musculares e articulares.
Diagnóstico: o diagnóstico da intolerância ao glúten não celíaca é um desafio, uma vez que não há testes específicos para identificá-la. O diagnóstico é geralmente feito por exclusão de outras condições, como a doença celíaca e a alergia ao glúten.
Tratamento: o tratamento da intolerância ao glúten consiste na exclusão do glúten da dieta, similar ao tratamento da doença celíaca e da alergia ao glúten. A adoção de uma dieta livre de glúten geralmente resulta na melhoria dos sintomas.
Conclusão
A alergia ao glúten é uma condição séria que exige cuidados especiais para evitar reações alérgicas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Se você suspeita que possui alergia ao glúten, não hesite em procurar ajuda médica para um diagnóstico correto.
Seguir uma dieta sem glúten e estar atento aos cuidados necessários é essencial para gerenciar a alergia e prevenir complicações. Lembre-se sempre de consultar um nutricionista e um especialista em alergia para obter orientações personalizadas para o seu caso. Com os devidos cuidados, é possível levar uma vida saudável.
